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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

NOTA: Homem pode ter virado bípede por preguiça

Gasto de energia andando com duas pernas é só um quarto do exibido por chimpanzés.
Alguns macacos são melhores no bipedalismo, tal como teria sido com hominídeos.

O homem se tornou bípede no curso da evolução porque se deslocar sobre dois pés exigia um gasto de energia menor do que caminhar com quatro patas, segundo estudo publicado nesta semana na revista científica americana "PNAS".

Em montagem que imita antigos esquemas simplificados da evolução humana, chimpanzés (em postura quadrúpede e bípede) e jovem testam seu metabolismo em esteira.

A hipótese de que a evolução da capacidade de andar com duas pernas tem a ver com a economia de energia pelo organismo é debatida há décadas, explicou David Raichlen, professor de antropologia da Universidade do Arizona (sudoeste dos EUA), um dos autores da pesquisa. Mas existiam poucos dados sobre o tema.

Alguns dos macacos gastam menos energia na postura bípede, o que sugere que variações parecidas na população dos ancestrais do homem podem ter levado alguns deles a adotar esse tipo de andar.

Os autores do novo estudo coletaram medidas do metabolismo e dos detalhes do movimento de cinco chimpanzés e quatro humanos adultos, que corriam e caminhavam em uma esteira especialmente adaptada para isso.

Percorrendo a mesma distância, os humanos usaram um quarto da energia - calculada em calorias - consumida pelos chimpanzés deslocando-se sobre quatro patas.
Os chimpanzés foram também treinados para caminhar sobre duas patas. Em média, precisaram da mesma quantidade de calorias caminhando em duas ou quatro patas, revelaram os cientistas.

Os pesquisadores observaram, no entanto, pequenas variações na quantidade de energia utilizada pelos primatas, de acordo com diferenças na maneira de caminhar e na anatomia. "Conseguimos estabelecer uma relação entre o custo energético da marcha e a anatomia dos chimpanzés", disse David Raichlen. "Também demonstramos porque alguns deles podem caminhar sobre duas patas usando menos calorias que os outros", acrescentou.

Modelos biomecânicos mostraram que dar passos curtos ou possuir massa muscular mais ativa faz consumir mais energia. Ao caminhar sobre duas patas, os chimpanzés com pernas mais longas consumiram menos energia, concluíram os cientistas. Os resultados dessas observações foram em seguida comparados a fósseis de ancestrais humanos para detectar as adaptações sofridas durante a evolução que permitiram reduzir o consumo de energia, levando-os a se transformar em bípedes.

"Descobrimos que essas adaptações, como um ligeiro aumento da longitude da virilha nos primeiros humanóides, revelam que o consumo de energia teve papel importante" na transformação do homem em bípede, afirmaram os pesquisadores.

FONTE: GLOBO.COM/G1

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